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Lately

Histórias, opiniões, desabafos, receitas...

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Histórias, opiniões, desabafos, receitas...


Miguel Mósca Nunes

29.03.22

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Sobre os Óscares, tenho de dizer isto: foi vergonhoso e lamentável! Assistimos a uma manifestação de machismo e de violência inaceitável. Se eventualmente Chris Rock foi ofensivo e verbalmente violento (não me parece que tenha sido), a resposta foi muito pior. E quem adere ostensivamente a isto está a passar a mensagem errada aos seus filhos. Não há outra leitura possível para esta situação, se quisermos um mundo melhor do que esta merda que habitamos. E a onda de apoio e de desculpa a Will Smith leva-me a concluir que é fácil de compreender porque é que há tanto bullying nas escolas... as criancinhas estão escudadas pelo que têm em casa.

Já ouvi dizer que nada tem a ver com bullying, porque aqui o que está em causa é uma reacção em defesa de terceiros. Sabemos bem que não! Não se trata de legítima defesa! Estamos a justificar, isso sim, o uso desproporcional da força, seja em que circunstância for. E qualquer que seja o motivo.

Will Smith poderia ter utilizado o poder da palavra, que é uma arma muito mais eficaz (tão eficaz ao ponto de fazer com que perdesse a cabeça e a razão) do que a agressão física, e ter aproveitado o seu discurso de aceitação para sublinhar a atitude de que foi alvo. Sentir-se-ia galvanizado pela razão, pela ponderação e pela legitimidade para fazer valer a sua posição.

Teria demonstrado mais respeito, por si, pela mulher que estaria a defender, pelos seus filhos e por Chris Rock, que por mais idiota que tenha sido, mereceria a consideração, como ser humano, de ser confrontado com a ofensa das suas palavras e de ter a oportunidade de se retractar. O reconhecimento do erro e a reconciliação são bens superiores, a que se deve dar espaço.

Por outro lado, é incompreensível que a cerimónia tenha continuado como se nada se tivesse passado, e tudo tenha culminado com uma standing ovation... ao agressor!

Se quiserem, façamos um exercício simples, que poderá (ou não) mudar a nossa perspectiva: e se, no lugar de Chris Rock, estivesse o nosso filho? Este factor mitigador da nossa imparcialidade não mudaria em nada a nossa opinião sobre o caso? 

Vale a pena pensar nisto...


Miguel Mósca Nunes

24.03.22

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O que se exige de um líder?

Um conjunto de habilidades, ou skills, para que possa desempenhar bem o seu papel. O crivo de um bom líder está directamente relacionado com as suas características e competências, pessoais e profissionais. Só um bom líder consegue aproveitar de forma eficaz as mais-valias dos seus colaboradores. Isto significa que tem de estar disposto a fazer parte do todo, a arriscar, a alterar paradigmas, a usar de muita diplomacia. Mas tem, sobretudo, de se comportar como um treinador, e ter a consciência de que o seu sucesso reside no sucesso dos outros.

O lema é a motivação. As ferramentas são a valorização, o envolvimento e a delegação de poderes, ou seja, o empowerment!

Para isso, é necessária uma:

1. Liderança de proximidade

a) Transmitir segurança, baseada na transparência, no exemplo, na partilha da informação e do saber;

b) Utilizar a igualdade de critérios e a congruência entre o dizer e o fazer, são alguns dos aspectos que dão força ao líder e robustecem o relacionamento, promovendo a coesão;

c) Auscultar a equipa, baseando a sua actuação no diálogo constante e no envolvimento na tomada de decisões e na identificação de objectivos;

d) Conhecer cada um dos elementos da equipa, as aspirações e motivações, por forma a ser capaz de medir os graus de satisfação/insatisfação;

e) Delegar, não só as responsabilidades, mas também as decisões - criar autonomia.

2. Liderança consciente/corajosa, eficaz e exigente

a) Saber, com rigor, quais os objectivos traçados pela organização, e fazer a assunção responsável dos mesmos. Isto implica, necessariamente, aceitação, propostas de alteração, ou mesmo rejeição;

b) Possuir auto-conhecimento, e o conhecimento profundo da sua equipa, é a premissa maior - deverá conseguir avaliar as competências existentes e as motivações, relativamente a si e aos outros, face aos objectivos propostos. Perante o défice, perspectivar/diagnosticar novas competências;

c) Determinar indicadores ao longo do processo, que possibilitem a identificação de desvios e implementação de acções correctivas - manter a equipa sempre alinhada com os objectivos determinados;

d) Avaliar o desempenho (intercalar e final).

3. Liderança positiva

a) Feedback positivo - reconhecer o bom desempenho, elogiando, enaltecendo, e trabalhar o que não correu bem como plataforma de melhoria;

b) Valorizar a vontade do colaborador, satisfazendo, sempre que possível, as suas solicitações, por exemplo, na atribuição de novas responsabilidades, na aceitação de sugestões pertinentes, na formação e qualificação, no aumento de salário, na mudança de departamento, etc.;

c) Assumir as vitórias e as derrotas, de forma construtiva. Longas reuniões sobre o que correu mal não são produtivas. O fazer diferente e melhor, a procura da solução e das melhores práticas, o foco nos objectivos, o brainstorming, são ferramentas muito mais interessantes do que a análise exaustiva de resultados (esta deve ser o mais objectiva e sucinta possível). O "nós", em vez do "eu".

Termino citando Nelson Mandela:

"Não há nada tão mau como um líder fazer uma exigência que sabe que nunca pode ser bem sucedida."


Miguel Mósca Nunes

24.03.22

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Em relação ao princípio de Peter, e no que diz respeito à liderança (numa organização hierárquica os funcionários tendem a ser promovidos até chegarem a um cargo para o qual são incompetentes, permanecendo nesse cargo), a sua aplicação é uma realidade, muito embora eu não concorde em absoluto com o que preconiza porque entendo que só se aplica a um universo específico de pessoas - as inatamente incapazes.
Passo a explicar: se quem sobe na hierarquia se preparar para a liderança, poderá ser um excelente líder, independentemente do seu estilo.
Condição sine qua non: possuir capacidades inatas de liderança.
A questão fundamental, portanto, relaciona-se com estas capacidades inatas de liderança (refiro-me fundamentalmente à empatia e à inteligência emocional), muito para além das "competências de liderança". Quem não possuir estas características não conseguirá ser um bom líder, por mais formação que tenha para o efeito.
Ou seja, são as características de personalidade que em primeira linha fazem um grande líder.


Miguel Mósca Nunes

23.03.22

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Trago-vos uma sobremesa que surpreende sempre, mesmo que já a tenhamos provado mil vezes. Uma pavlova.

Não se sabe muito bem a sua origem, embora tenha lido na Wikipédia que foi inventada depois de uma viagem de Anna Pavlova, bailarina russa, à Austrália e Nova Zelândia. Sinceramente, a origem da iguaria não me interessa nada. O que interesa é que a combinação do merengue, do chantilly e dos frutos vermelhos é de nos deixar nas nuvens… ou no paraíso, se quiserem.

Aparenta ter uma preparação muito complicada, mas é, na verdade, muito simples.

 

Ingredientes

Para a base

  • 6 claras de ovo
  • 400 g de açúcar fino
  • 4 colheres de chá de amido de milho
  • 2 colheres de sobremesa de vinagre de vinho branco ou sumo de limão
  • 1 colher de chá de essência de baunilha

 

Para a cobertura

  • 200 ml de natas frescas para bater (35% de matéria gorda)
  • 60 g de açúcar fino
  • Frutos vermelhos frescos

 

Preparação

Bata as claras até começar a formar picos brancos como a neve, e comece a juntar gradualmente o açúcar. Bata até não sentir qualquer granulado entre os dedos.

Junte a baunilha, o vinagre ou o sumo de limão e misture. Finalmente, junte o amido e misture até incorporar.

Num tabuleiro coberto por uma folha de papel vegetal, disponha o merengue num círculo com um diâmetro de 20 cm e uma altura de 5 centímetros, aproximadamente (imagine um bolo redondo - é esse formato que deve dar ao merengue). Este processo é facilitado se utilizar um salazar ou uma espátula.

Leve ao forno pré-aquecido a 180º, que se baixa para 150º passados cinco minutos. Ao fim de uma hora, desligue e deixe arrefecer no forno entreaberto com a ajuda de uma colher de pau (segure a colher com a porta do forno) por, pelo menos, meia hora.

Coloque a pavlova num prato e leve ao frio.

Prepare o chantilly, batendo as natas bem frias, e vá incorporando aos poucos o açúcar.

Finalize com os frutos vermelhos e delicie-se com esta maravilha!

Nota: pode escolher cobrir a base de merengue com curd de limão e amendoas laminadas. Experimente!

 


Miguel Mósca Nunes

22.03.22

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Esta é uma receita que pode utilizar durante todo o ano, mas que lhe dará muito jeito no Natal, se quiser fazer as figuras tradicionais da época, cortando a massa com as formas adequadas.

Sempre o Natal a saltitar nos meus pensamentos, já sabem porque razão.

 

Ingredientes

100 g de manteiga sem sal

250 g de farinha

100 g de açúcar

1 ovo

1 colher de chá de sal fino

Açúcar em pó q.b.

 

Preparação

Com a batedeira, misture bem o açúcar com a manteiga e adicione o ovo até obter um creme fofo.

Junte a farinha e o sal de uma só vez e incorpore até ficar uma massa uniforme. Estenda a massa com um rolo de cozinha para atingir uma espessura de aproximadamente meio centímetro.

Corte a massa com várias formas, que podem ser as tais... natalícias, e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus, por 10 a 15 minutos.

Polvilhe-as com o açúcar em pó ou decore de outra forma. Pode, por exemplo, mergulhá-las em chocolate derretido.

Os loucos por bolachas deliciar-se-ão com o sabor da manteiga.

 


Miguel Mósca Nunes

21.03.22

Quando oiço falar em tolerância e aceitação fico logo irritado. Estes dois conceitos partem de uma premissa de superioridade que não me agrada. Quem tolera ou aceita está a exercer um poder, assistido por uma condição privilegiada baseada na diferença. Mas que raio!

Em relação a questões de igualdade e não-discriminação, as partes estão na mesma posição e têm o mesmo valor e, portanto, não cabe aqui qualquer aceitação ou tolerância. Quem sou eu, quem somos nós, para assumirmos esta superioridade? Era só o que faltava!

O que está em causa aqui é empatia!

Enquanto mantivermos este discurso, que vai passando despercebido e vai sendo veiculado pelos meios de comunicação social e pelas redes sociais, não evoluiremos para um estado diferente.

Somos civilizados? O tanas!


Miguel Mósca Nunes

14.03.22

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Mesmo à beira de uma terceira guerra mundial, cansado de olhar à volta e só ver egoísmo, ganância, incompreensão, ódio, falta de empatia e de noção sobre o verdadeiro sentido da nossa existência, ainda consigo ter ânimo para cozinhar e fazer felizes os que me rodeiam.

Deixe-se derrotar por esta delícia. Mesmo quem não gosta de coco, socumbe.

 

Bolo de chocolate com coco do Mósca

 

Ingredientes

Massa:

- 4 ovos inteiros

- 300 g de açúcar

- 40 g de cacau em pó

- 120 ml de óleo

- 240 ml de leite

- 1 colher de chá de bicarbonato de sódio

- 360 g de farinha de trigo

- 1 colher de sopa de fermento químico

 

Recheio:

- 790 g de leite condensado (duas latas)

- 5 colheres de sopa de amido de milho

- 600 ml de leite

- 250 g de coco ralado

- 200 ml de natas

- 5 folhas de gelatina incolor e sem sabor

 

Ganache:

- 200 g de chocolate negro 70%

- 200 ml de natas

 

Preparação

Bata os ovos com o açúcar, até ficar uma mistura fofa e esbranquiçada. Junte o óleo, o leite, o bicarbonato, o cacau e a farinha. Bata só até misturar e junte o fermento em pó, batendo novamente só o necessário. Leve ao forno pré-aquecido a 180º, em duas formas de 22 cm de diâmetro, com cinco a seis centímetros de altura, por aproximadamente 35 minutos. De qualquer forma, experimente com um palito para confirmar se a massa está cozida.

Para a preparação do recheio, espere que os bolos arrefeçam e, num tacho, junte o amido de milho ao leite condensado e misture bem até deixar de haver grumos. Depois junte o leite e o coco ralado, e leve ao lume, mexendo sempre até ferver e engrossar. Junte as natas e misture, deixando ferver por instantes. Apaque o lume. Coloque as folhas de gelatina em água e aguarde 5 minutos. Escorra as folhas de gelatina e misture no preparado do coco, que tem de estar quente, mexendo bem para incorporar.

Divida cada um dos bolos em 2 (utilize, se possível, um corta-bolos). Numa forma alta (mínimo 10 cm), do mesmo diâmetro das que utilizou para cozer os bolos, forre com película transparente e comece a fazer a montagem, colocando uma camada de bolo e uma do preparado de coco quente, até finalizar com a quarta camada de bolo (são quatro camadas de bolo e três de coco). Leve ao frio para solidificar.

Ao fim de duas horas retire do frio e desenforme como habitualmente desenforma um bolo. Faça a ganache levando as natas ao lume. Quando levantarem fervura, coloque o chocolate cortado em pedaços e espere cerca de um minuto até começar a mexer. Quando o chocolate estiver todo dissolvido e misturado nas natas, formando um creme uniforme e brilhante, a ganache está pronta para cobrir o bolo.

Verta a ganache no topo do bolo e, com a ajuda de uma espátula, leve-a para as extremidades, para que possa cobrir as laterais. Neste processo, a ganache vai arrefecendo e solidificando.

Leve ao frio novamente, e retire o seu magnífico bolo de chocolate e coco uma hora antes de servir.

Experimente e mantenha-se calmo, sem qualquer manifestação exacerbada de júbilo… se conseguir.


Miguel Mósca Nunes

09.03.22

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Estamos a precisar de consolo, e nada melhor do que uma receita típida do Outono, que fica bem durante todo o ano, para nos fazer esquecer o que anda por aí a acontecer. Uma receita inspirada na melhor tradição portuguesa e relacionada com o Pão por Deus e com o Dia de Todos os Santos, 1 de Novembro, muito semelhante ao dia das Bruxas ou Halloween (dos países anglo-saxónicos), no qual as crianças andam de porta em porta a pedir doces ou travessuras (trick or treat).

Dizem as críticas que não deveriamos adoptar o que não é nosso. Contudo, a minha opinião é a de que podemos fazer de tudo para que as nossas crianças tenham motivos de alegria. Não eliminamos mas, sim, acrescentamos. É tudo uma questão de perspectiva.

Onde cheira a broa mora gente boa. Se levarmos umas broas ao Putin, pode ser que o estupor se redima.

As minhas Broas dos Santos

Ingredientes

  • 700 g de farinha
  • 1 colher (de sobremesa) de Fermento em Pó
  • 2 ovos
  • 300 g de açúcar amarelo ou mascavado
  • 200 g de Nozes ou outros frutos secos
  • Duas colheres de sopa de mel
  • 150 ml de azeite
  • 60 ml de vinho do Porto
  • 100 g de manteiga derretida
  • 125 g de leite
  • Uma colher de sopa de canela
  • Uma colher de sopa de erva doce
  • Uma colher de chá de sal

 

Preparação

Misture os ovos com o açúcar, o mel, o azeite, o leite, o vinho do Porto, a manteiga, a canela, a erva doce e o sal. Incorpore as nozes.

Junte o fermento e depois a farinha, até incorporar, sem amassar (é muito importante que não amasse, para que as broas não endureçam).

Faça pequenas bolas com as mãos enfarinhadas e coloque num tabuleiro forrado com papel vegetal, com a distância suficiente para não se colarem umas às outras, durante a cozedura.

Se quiser, pode passar gema de ovo por cima de cada broa.

Leve ao forno a 200g até alourar.

Nota: vá juntando a farinha aos poucos, para avaliar a consistência da massa, que fica no ponto quando deixa de se colar às mãos – pode acontecer que não utilize a totalidade da farinha.

 

Bom consolo!

 

 


Miguel Mósca Nunes

08.03.22

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Porque será? Será que é mero capricho, um aferro oco, sem sentido e sem razão de peso?

Não, meus caros. Eu adoro o Natal porque é uma época de reencontro. É onde eu radico a minha esperança e a certeza de que, apesar de todas as dificuldades e contrariedades, o que mais importa são as pessoas e a bondade.

No Natal consolo-me com os sonhos, as rabanadas, o Abade de Priscos, os chocolates. Regozijo-me ao ver os meus mais queridos aconchegados no sofá, a ver o Polar Express, com mantas nos joelhos. Delicio-me com o cheiro a cabrito assado, com a árvore a abarrotar de decorações, da qual sou guardião por causa da gata, com o presépio e com a grinalda que coloco em cima do alçado do aparador ou da lareira.

Mas é mais do que isto! Sou completamente apanhado pelo Natal por causa da magia que me faz esquecer, por semanas, a merda de humanos que somos, as atrocidades que se vão cometendo todos os dias, o fel da maldade que esguicha por todo o lado, a falta de empatia, as desigualdades, a mesquinhez e a crueldade. Não é uma época de redenção, porque os pecados continuam, persistentes. Mas é um reencontro amnésico com a minha infância. É no Natal que eu tenho a desculpa de voltar a ser o que sempre fui.

Vamos ver se no próximo consigo regressar à essência… com tanta carga de vilania e sordidez que o ano já leva, será que vai ser difícil sentir o Espírito Natalício?

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