Miguel Mósca Nunes
20.09.23
O treinador tem obrigações de ética fundamentais, e deve ser um verdadeiro líder, no sentido de inspirar e de estimular todos aqueles para quem é um exemplo.
Neste seguimento, e como bom exemplo que deve ser, tem de possuir a inteligência necessária para acolher, proteger, ajudar, acalmar e apaziguar, integrar e gerar o sentimento de pertença em todos aqueles que tutoria e treina. Deve, sobretudo, escutar e observar. E isto, meus caros, não é para todos!
Aliás, tenho verificado, e não com muito espanto ou surpresa (porque já vi e observei muita gente ao longo dos meus 52 anos), que é para muito poucos.
Um treinador não despreza o esforço hercúleo dos seus atletas e não ignora os seus pedidos de ajuda. Não os discrimina, dando-lhes iguais oportunidades para desenvolverem as suas capacidades. Não é rancoroso. Não desiste dos seus atletas. Leva-os ao limite, provando-lhes que podem sempre fazer um esforço extra e ir mais além. Acredita. Olha para eles como se fossem seus filhos.
Deve promover o convívio, a camaradagem e a união da equipa.
Lamentávelmente, nos últimos anos, não encontrei ninguém a quem pudesse reconhecer as capacidades e virtudes de um grande treinador.