Miguel Mósca Nunes
21.02.22
Imre Kertész, um escritor húngaro e sobrevivente do Holocausto, afirmou que “o problema de Auschwitz não é o de saber se devemos manter a sua memória ou metê-la numa gaveta da História. O verdadeiro problema de Auschwitz é a sua própria existência e, mesmo com a melhor vontade do mundo, ou com a pior, nada podemos fazer para mudar isso”.
Este é um bom resumo da monstruosidade que terminou há 77 anos. Não nos podemos esquecer de que, para além dos judeus, ciganos, polacos, comunistas, prisioneiros de guerra, soviéticos, deficientes, foram exterminados homossexuais.
Temos de nos interrogar sobre se a génese do pensamento nazi não está em nós e se a nossa natureza não é comum à dos que preconizaram a Solução Final, quando discriminamos alguém.
Vale a pena pensar nisto...