Miguel Mósca Nunes
01.07.25
Enfim... ridícula esta atitude dos irmãos Rosado. Não perceberam que tiveram uma oportunidade de capitalizar a seu favor, de forma leve, serena e, sobretudo, inteligente, aquela actuação desastrosa. Teriam tido uma oportunidade de ouro para mostrar, por exemplo, o que seria o hino bem cantado, sem falhas técnicas. E isto, meus caros, teria surtido um efeito de resposta extraordinariamente galvanizador para o prestígio dos Anjos, numa onda positiva, bem-disposta e muito mais eficaz do que esta tragédia a que estamos a assistir.
Esta malta presuntivamente jovem, que deveria ter um olhar simples para resolver coisas simples. Esta malta, que deveria ter a capacidade para rir de si própria, para relativizar. Esta malta, que deveria exercer a responsabilidade de proteger os seus, orientando-os para rir de quem ri deles, em vez de os empurrar para o negrume de uma vida cheia de ressentimentos, parca em ferramentas de defesa como o humor.
Ao invés, escarafuncharam a ferida até ser chaga, vitimizam-se e diminuem-se sem sequer vislumbrar o caminho alternativo. Que falta de arte e engenho esta, nada correspondente aos poetas, aos escritores... aos artistas.
Quem é que foi o estafermo que os aconselhou? Um ávido advogado? Um familiar sem dois dedos de testa, sem um pingo de sabedoria, que não percebeu a oportunidade que teriam em mãos caso olhassem para isto de outra forma? Um idiota ultra-religioso? Não sabemos.
O que eu sei é que se tivessemos ouvido uma versão tecnicamente perfeita do hino como resposta à Joana Marques, e não esta trapalhada de quem não percebe patavina de marketing, estes anjos, caídos, já teriam ganho muito mais do que o milhão que alegadamente perderam.
Direitos da imagem: Rádio Renascença