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Lately

Histórias, opiniões, desabafos, receitas...

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Histórias, opiniões, desabafos, receitas...


Miguel Mósca Nunes

01.07.25

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Enfim... ridícula esta atitude dos irmãos Rosado. Não perceberam que tiveram uma oportunidade de capitalizar a seu favor, de forma leve, serena e, sobretudo, inteligente, aquela actuação desastrosa. Teriam tido uma oportunidade de ouro para mostrar, por exemplo, o que seria o hino bem cantado, sem falhas técnicas. E isto, meus caros, teria surtido um efeito de resposta extraordinariamente galvanizador para o prestígio dos Anjos, numa onda positiva, bem-disposta e muito mais eficaz do que esta tragédia a que estamos a assistir.

Esta malta presuntivamente jovem, que deveria ter um olhar simples para resolver coisas simples. Esta malta, que deveria ter a capacidade para rir de si própria, para relativizar. Esta malta, que deveria exercer a responsabilidade de proteger os seus, orientando-os para rir de quem ri deles, em vez de os empurrar para o negrume de uma vida cheia de ressentimentos, parca em ferramentas de defesa como o humor.

Ao invés, escarafuncharam a ferida até ser chaga, vitimizam-se e diminuem-se sem sequer vislumbrar o caminho alternativo. Que falta de arte e engenho esta, nada correspondente aos poetas, aos escritores... aos artistas.

Quem é que foi o estafermo que os aconselhou? Um ávido advogado? Um familiar sem dois dedos de testa, sem um pingo de sabedoria, que não percebeu a oportunidade que teriam em mãos caso olhassem para isto de outra forma? Um idiota ultra-religioso? Não sabemos.

O que eu sei é que se tivessemos ouvido uma versão tecnicamente perfeita do hino como resposta à Joana Marques, e não esta trapalhada de quem não percebe patavina de marketing, estes anjos, caídos, já teriam ganho muito mais do que o milhão que alegadamente perderam.

 

Direitos da imagem: Rádio Renascença


Miguel Mósca Nunes

03.06.25

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Sir Richard John Evans é um historiador britânico, cuja investigação incide sobretudo na Alemanha e na Segunda Guerra Mundial. É autor de dezoito livros, onde se inclui a Trilogia do Terceiro Reich, considerada uma obra «brilhante» e «magistral». Evans foi professor de história na Universidade de Cambridge entre 2008 e 2014. É presidente do Cambridge College e Provost of Gresham College, em Londres. É membro da British Academy, da Royal Historical Society e da Royal Society of Literature. Participa regulamente em documentários e programas sobre o III Reich.

Esta trilogia é um documento histórico importantíssimo nos dias de hoje, a pouco mais de uma década de atingirmos os 100 anos sobre o início do conflicto, causado por um extremista louco, racista, antissemita, ultra-nacionalista e ultra-violento. Esta obra é composta por três volumes, constituindo uma imperdível trilogia. Faz todo o sentido revisitarmos a história

Importa referir que Richard J. Evans traz-nos uma história narrativa, que proporciona a versatilidade da consulta ou da leitura ininterrupta. De facto, não se consegue parar de ler.

 


Miguel Mósca Nunes

03.06.25

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Isto é tão estúpido, esta nossa existência é tão precária. O nosso corpo tão frágil, tão incapaz e tão incompetente perante o nosso espírito, a longevidade da nossa alma. Eu já disse isto inúmeras vezes, não somos o nosso corpo mas sim o espírito que nele habita. Só que este arrendamento é de muito curta duração perante a eternidade do inquilino. Não é justo termos de nos despedir dos que cá ficam, só porque o nosso corpo entra em falência e colapsa, só porque a casa acaba por cair aos bocados.

O que farão os nossos filhos sem a nossa presença? Ficarão bem? É este o meu maior medo, porque vou deixar de os amparar, de estar cá para os ouvir.

A única coisa que me consola é a certeza de que nos vamos encontrar na outra dimensão e numa próxima existência terrena.

Imagem: Pintura de William-Adolphe Bouguereau (1825-1905) retratando a alma de um indivíduo sendo carregada até ao céu por dois anjos após a morte do indivíduo


Miguel Mósca Nunes

05.04.25

FB_IMG_1743875837192.jpgPara quem leu, há muitos anos, este enredo policial escrito pela magnífica Agatha Christie, é um enorme prazer revisitá-lo.

A maravilhosa Miss Marple resolve o mistério que envolve a morte de Rex Fortescue, numa narrativa deliciosa e cheia de características que remetem para uma época de ouro, em que os livros eram o principal meio de divulgação de sonhos e viagens.

Esta história foi uma das muitas que me preenchia tardes e noites, a ler sem parar, sempre a voar em primeira classe, a percorrer milhões de quilómetros de letras. 

Os livros salvam-nos e relê-los têm um gosto especial. 

Deixo esta sugestão: Centeio que mata (A pocket full of rye), 1953 by Agatha Christie Mallowan

 


Miguel Mósca Nunes

03.04.25

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Trago-vos esta receita primaveril e cheia de sabor, com limão e mirtilos, numa massa deliciosamente húmida. Andava à procura de uma receita que reunisse estas características, e que nos transportasse para um fim de tarde no jardim, com a brisa a afagar-nos a alma.

 

Para a massa:

  • 3 ovos grandes
  • 200 g de açúcar amarelo ou mascavado
  • 240 g de farinha
  • Raspa e sumo de dois limões 
  • 115 g de manteiga sem sal
  • 225 g de iogurte grego
  • Uma colher de sopa de essência de baunilha
  • Uma colher de chá de sal
  • Uma colher de chá de fermento
  • 400 g de mirtilos

 

Preparação:

Bata os ovos com o açúcar até ficar um creme fofo. Junte a raspa e o sumo dos limões, o iogurte, e bata novamente. Misture a manteiga derretida e a essência de baunilha até incorporar. Peneire a farinha, o fermento e o sal, que juntou previamente numa taça à parte, directamente para a mistura, e mexa até incorporar. Por fim, envolva os mirtilos.

Leve ao forno a 180º numa forma loaf ou redonda, bem untada e enfarinhada, por 40 minutos.

 

Delicie-se com este bolo húmido e intensamente limonado. Imperdível! 


Miguel Mósca Nunes

02.04.25

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A letra desta canção de Joni Mitchell faz cada vez mais sentido. Escrita pela cantora que não gosta da fama em 1966, teve uma nova sonoridade e uma diferente interpretação algures pelo início do século XXI e ficou ainda mais intensa. Emociono-me profundamente sempre que a oiço.

A dupla perspectiva, o desencanto que chega com a idade, de quem olha para trás e vê a ilusão, o choque da verdade, a chegada ao topo da montanha.

Se ainda não a ouviram, podem procurá-la no YouTube. Não se vão arrepender.

 

Deixo-vos este belíssimo poema.

 

Both sides now

 

Rows and flows of angel hair

And ice cream castles in the air

And feather canyons everywhere

I've looked at clouds that way

 

But now they only block the sun

They rain and snow on everyone

So many things I would've done

But clouds got in my way

 

I've looked at clouds from both sides now

From up and down, and still somehow

It's cloud illusions, I recall

I really don't know clouds at all

 

Moons and Junes and Ferris wheels

The dizzy dancin' way you feel

As every fairy tale comes real

I've looked at love that way

 

But now it's just another show

You leave 'em laughin' when you go

And if you care, don't let them know

Don't give yourself away

 

I've looked at love from both sides now

From give and take, and still somehow

It's love's illusions, I recall

I really don't know love at all

 

Tears and fears and feeling proud

To say "I love you" right out loud

Dreams and schemes and circus crowds

I've looked at life that way

 

But now old friends are acting strange

They shake their heads, they say I've changed

Well, something's lost, but something's gained

In living every day

 

I've looked at life from both sides now

From win and lose and still somehow

It's life's illusions, I recall

I really don't know life at all

 

I've looked at life from both sides now

From up and down, and still somehow

It's life's illusions, I recall

I really don't know life at all


Miguel Mósca Nunes

06.03.25

Amor é fogo.jpg

 

No V centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões, A Barraca apresenta um espetáculo sobre a vida e obra do Poeta, com dramaturgia e encenação de Hélder Mateus da Costa e a participação de Maria do Céu Guerra.
Um espetáculo poético que remete para a História sabendo que entre a Poesia, a Verdade e a História há um belo mal-entendido.

Encenação Hélder Mateus da Costa e Maria do Céu Guerra
Assistência de encenação Gil Filipe
Elenco Adérito Lopes, Beatriz Dinis e Silva, Érica Galiza, Gil Filipe, Luís Ilunga, Maria do Céu Guerra, Manuel Petiz, Rita Mendes Nunes, Samuel Moura, Sérgio Moras, Teresa Mello Sampayo, Vasco Lello, Maria Baltazar
Produção Inês Costa
Apoio à Produção Gil Filipe, Manuel Petiz, Teresa Mello Sampayo
Direcção Musical e Música Original Maestro António Victorino D'Almeida
Cenografia   A Barraca
Concepção de Vídeo   André Letria
Desenho de Luz Vasco Letria
Operação de Luz Ruy Santos
Operação de Som e Vídeo João Pessegueiro
Guarda-roupa   Mestra Alda Cabrita
Adereços Tina Simões
Design Gráfico Inês Costa
Cartaz e Telão Luis Henriques
Fotos Paulo Chaves

Duração: 120 Minutos
Classificação etária: M/12


Miguel Mósca Nunes

21.02.25

O-incorruptivel.jpg

 

Gil Filipe e Rita Mendes Nunes sobem ao Palco d'A Barraca, todas as sextas-feiras, às 19h30, até 07 de Março, numa comédia de rir até às lágrimas.

Num texto e encenação de Helder Mateus da Costa, esta peça é mais actual do que nunca, num país onde a corrupção é uma realidade.

"Gil Filipe dá vida a Anthôunio, um político que vive na angústia de ninguém o querer corromper, acompanhado em cena pela camaleónica Rita Nunes que interpreta uma miríade de personagens que vão de um cardeal a uma vidente. Uma “singela homenagem” a inesquecíveis e bem conhecidas figuras nossas contemporâneas."

Não percam!

Nota: Consultar programação no site da companhia e nas plataformas de venda de bilhetes de espectáculos


Miguel Mósca Nunes

21.02.25

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A  Barraca leva à cena a peça comemorativa dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões.

"Um espectáculo do género histórico/poético, não pode transportar cargas poeirentas e ultrapassadas.

Homenagear os clássicos é modernizá-los e torná-los acessíveis ao público dos nossos dias. É nessa dificuldade que consiste o prazer de conseguir demonstrar que as histórias antigas têm a ver com o sempre constante e irregular comportamento humano.

Camões é um dos símbolos mais importantes do nosso século de oiro, o século XVI. E é um testemunho vivo do intelectual moderno e progressista na linha de Erasmo e Tomas More, seus contemporâneos. Através dos séculos foi sempre referido como um patriota pelos liberais e Republicanos, e também utilizado pela famílias mais reaccionárias (descendentes dos mesmos que sempre o perseguiram e lhe negaram qualquer apoio e protecção económica).

Por isso, era necessário fazer uma “operação de limpeza” ao nosso Camões e mostrá-lo em toda a sua grandeza e independência. Para exemplo aos jovens e intelectuais dos nossos dias.

Não é minha intenção propor um novo olhar para o ícone Camões e para o período das grandes navegações portuguesas, mas é preciso conhecer todas as realidades que eram sonegadas e ocultadas. Na linha de Gil Vicente, Fernão Mendes Pinto, Damião de Góis e Chiado que denunciaram nessa mesma época que esse período áureo se devia ao trabalho de cientistas e ao povo que era arrastado para as naus. E que Descobrimento foi frequentemente sinónimo de roubo e massacres a nível Universal. A História não se pode corrigir, mas eu só posso gostar do meu país ( ou de qualquer outro) se conhecer os lados positivos e os condenáveis.

Mas, também muito importante e interessante, é pensar que esse importante texto épico – além de oferecer aos navegadores portugueses o Amor como prémio na Ilha dos Amores, também é a grande aventura da língua portuguesa."

Hélder Mateus da Costa

 

Ficha artística e técnica

Espectáculo Hélder Mateus da Costa e Maria do Céu Guerra

Assistência de encenação Gil Filipe

Elenco Adérito Lopes, Beatriz Dinis e Silva, Érica Galiza, Gil Filipe, Luís Ilunga, Manuel Petiz, Maria Baltazar, Maria do Céu Guerra, Rita Mendes Nunes, Samuel Moura, Sérgio Moras, Teresa Mello Sampayo, e Vasco Lello

Produção Inês Costa

Apoio à produção Gil Filipe, Manuel Petiz, e Teresa Mello Sampayo

Direcção musical e música original Maestro António Victorino d’Almeida

Cenografia A Barraca

Concepção de vídeo André Letria

Desenho de luz Vasco Letria

Operação de luz Ruy Santos

Operação de som e vídeo João Pecegueiro

Guarda-Roupa Mestre Alda Cabrita

Adereços Tina Simões

Design gráfico Inês Costa

Fotografia Ricardo Rodrigues

Nota: Consultar programação no site da companhia e nas plataformas de venda de bilhetes de espectáculos


Miguel Mósca Nunes

10.12.24

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Aquilo a que se está a assistir no último reality da TVI é absolutamente vergonhoso. Há um concorrente que tem sido alvo de assédio moral desde o início do programa, objecto de adjectivações que revelam o profundo preconceito que habita aquelas mentes. Este inacreditável abuso chegou agora ao ponto de colocarem em causa a sua capacidade intelectual, colocando-o no patamar de um deficiente, no caso, um indivíduo com um défice cognitivo. Isto é gravíssimo, não só pelo assédio que praticam mas também porque é esclarecedor quanto à hipocrisia desta gente, precisamente porque acusam depreciativamente o colega de ter uma característica que enalteceriam quando sentados no sofá de um qualquer programa de televisão, provavelmente a verter uma lágrima falsamente complacente. Esta gente só está a mostrar que não é lá grande coisa...

A pobreza de espírito, a falta de empatia, a imbecilidade desta gente é lamentável. Se esta cambada é uma amostra do que anda por aí, é mesmo lamentável.

 

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