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Lately

Histórias, opiniões, desabafos, receitas...

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Histórias, opiniões, desabafos, receitas...


Miguel Mósca Nunes

27.01.23

Nos últimos dias só se fala do altar, que irá ser construído para receber o Papa Francisco.

Não seria uma questão tão debatida se não fosse o custo da obra, que, vá-se lá saber porque razão, veio ao conhecimento público. Sabe-se agora que os custos ultrapassarão em muito os deste altar, que é só a ponta de uma despesa muito dificilmente justificável, quando existem tantos sectores a necessitar de investimento, como o da saúde, o da educação e o da cultura.

Está à vista de todos que os nossos políticos e governantes só se preocupam com uma coisa: a ardilosa maneira de subverter a utilização dos dinheiros públicos, desviados para finalidades futeis, que não resolvem os problemas reais da população (que, para esta gente, não têm tanta importância quanto a recepção ao Papa). O argumentário que utilizam para o efeito é escancaradamente desprovido de fundamento.

As indemnizações milionárias da TAP, as PPP, os estádios de futebol, os computadores Magalhães, o Freeport, e tantas outras despesas, só serviram para justificar o enriquecimento de empreiteiros, fornecedores e políticos envolvidos em negociatas que prejudicam gravemente a democracia. Negociatas que comprometem a gestão dos fundos públicos, porque deixam de ser utilizados na prossecução das políticas delineadas pelos governantes e votadas pelos contribuintes.

O altar de que tanto se fala é tão só a representação da vergonha a que se assiste, há anos, neste nosso pardieiro.


Miguel Mósca Nunes

18.01.23

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A doçaria não é para todos. Requer entrega, doses extra de paciência e muita calma. Na minha visão da coisa, é necessário saber o que estamos a fazer, e seguir as receitas nos seus ingredientes e instruções, mas, sobretudo, amar o que estamos a fazer e seguir a nossa intuição. Esse é um dos segredos, senão o principal, para que o resultado seja excepcional.

Eu gosto de bolos fofos, húmidos, que se derretam na boca, e que tenham um sabor único. E tudo isto só é possível se experimentarmos sucessivamente as receitas, até chegar ao ponto desejado, substituindo ingredientes e alterando quantidades, se for preciso.

Julia Child dizia que devemos aprender a cozinhar experimentando novas receitas, aprendendo com os nossos erros mas, acima de tudo, devemos ser destemidos e divertirmo-nos!

Uma premissa fundamental para mim é a de que devemos ser indulgentes no que diz respeito a culinária, querendo significar com isto que não nos devemos preocupar com dietas e restrições alimentares se queremos fazer pratos saborosos e especiais. Por exemplo, se a receita pede manteiga, devemos usar manteiga! Se é para usar açúcar, que se use! Sem culpas, sem medos! Quero lá saber da farinha de aveia, do óleo e do açúcar de coco! Os ovos benedict exigem molho holandês, que só é molho holandês por ter montes de manteiga! Desde que seja clarificada...

Outra coisa importantíssima: manteiga não é margarina! Se quiserem baixar significativamente a qualidade de um bolo, substituam a manteiga por margarina...

Outra fonte de problemas, e que passa despercebido porque é menosprezada, é a ausência de uma boa balança. Recomendo uma balança digital, que pesa os ingredientes com precisão. Por alguma razão uma receita pede 20 gramas de cacau ou 15 gramas de fermento e muito dificilmente se conseguem medir estas quantidades se não tivermos uma balança digital.

E, no meio destas dicas e sugestões, o que sobressai é a minha paixão pelos bolos.

 

 


Miguel Mósca Nunes

17.01.23

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São apenas mais um dos sintomas de que a sociedade está doente. O percurso escolar dos meus filhos demonstrou, infelizmente, que a maioria não tem perfil para o exercício de uma profissão tão importante e determinante para o futuro de seres que só querem ser estimulados.

Um professor pode galvanizar talentos e vocações, mas também as pode destruir. Pode abrir mentalidades, mas tambem as pode distorcer. Pode fazer ver o sol, mas também poder encaminhar para o mais negro dos caminhos.

Os jovens de hoje não são iguais aos de há decadas. Eu não tinha telemóvel, portátil ou playstation. Apenas dois canais de televisão e uma biblioteca à disposição, que me deram mundo.

No outro lado da equação está um sistema de ensino que permanece imutável há 40 anos.

Vieram Magalhães, um nome épico para um recurso que não foi aproveitado por falta de qualificação dos docentes, e que só serviu para satisfazer interesses particulares de certos governantes e da empresa fornecedora, com o falso argumento de ser um dos passos para a modernização do sistema de ensino. Vieram quadros interactivos e projectores para dinamizar os métodos de aprendizagem, mas que morreram na sala de aula e só servem para dar mais trabalho às senhoras da limpeza.

Sobrecarregam-se alunos e professores com programas que não dão espaço nem tempo para o debate, para a troca de ideias e para o pensamento. Isto só leva à exaustão, inimiga da entrega, da criatividade e da genialidade. As baixas médicas são um flagelo que castiga e apaga quem poderia fazer a diferença.

Não há capacidade, sobretudo, para entender que juventude é esta, a juventude de hoje. Uma juventude que merece ser guiada e orientada com dedicação e sabedoria. Não há capacidade para a resgatar da trivialidade e da mediocridade. Tudo isto acompanhado do péssimo contributo de uma envolvente impregnada de reality shows, youtubers, tiktoks e instagram stories.

Sem falar na corrupção, que faz desperdiçar recursos preciosos para que se pudesse fazer muito mais, através de melhores políticas e directivas.

Li algures que ensinar é um exercício de imortalidade, e isto é verdade se for feito com dignidade, entrega e muito bem-querer, porque só assim haverá um legado válido e útil, e porque se desmultiplica nas gerações futuras. O contrário, constitui uma perda enorme. O meu filho tinha um professor que, quando não estava de baixa, ia para as aulas só para marcar presença e assitir a vídeos no seu próprio portátil, enquanto fazia com que os alunos lessem o manual. Isto é inadmissível!

Eu ainda acredito que haverá gente que quer marcar pela diferença, à procura de uma oportunidade!

Enfim... mais do mesmo neste pardieiro.


Miguel Mósca Nunes

10.01.23

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O meu Red Velvet é qualquer coisa de especial. Sabe bem em qualquer altura, sobretudo como forma de celebrar. Celebrar seja o que for. Celebrar a vida!

Eu acredito no facto de que, em tudo o que fazemos, transmitimos energia, e para fazer um bolo não basta misturar ingredientes. É necessário gostar de cozinhar, é fundamental ter paciência e prazer na execução das receitas, no misturar, no bater, no envolver, no polvilhar, no peneirar. Sem pressa. É o estado de espírito, o bem-querer ou a boa-vontade, se quiserem, que se reflecte no resultado.

Devo dizer que reformulei esta receita porque, sobretudo, achei que o tradicional e famoso buttercream (creme de manteiga) não faria a melhor combinação, e encontrei no creme de mascarpone um bom aliado para que, a cada garfada, reviremos os olhos e sejamos arrebatados por uma sensação única.

Na esperança de que consigam replicar esta maravilhosa reunião de ingredientes, partilho esta fabulosa receita.

Ingredientes para a massa:

  • 120 g de manteiga sem sal à temperatura ambiente
  • 300 g de açúcar
  • 2 ovos
  • 20 g de cacau
  • 1 frasco de corante vermelho (sem sabor)
  • 1 colher de chá de extracto de baunilha
  • 30 ml de sumo de limão
  • 205 ml de leite gordo
  • 300 g de farinha
  • 1 colher de chá de sal
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de sopa de vinagre de vinho branco


Preparação:

Pré-aqueça o forno a 180º e, na batedeira eléctrica, começe por misturar a manteiga e o açúcar até estarem muito bem ligados e formarem um creme fofo. Esta é uma das operações essenciais para que a massa cresça quando for ao forno.

Combine o sumo de limão como o leite e deixe coalhar.

Adicione os ovos e o extracto de baunilha e bata a velocidade média/alta até estarem bem incorporados - este é outro passo essencial para a qualidade do bolo.

Adicione o corante vermelho e bata até misturar bem.

Misture a farinha, o cacau e o sal. Peneire e junte à massa, alternando pequenas quantidades com o leite coalhado para incorporar todos os ingredientes.

Misture o bicarbonato de sódio e o vinagre numa taça pequena (vai fazer espuma), e adicione à massa, mexendo a velocidade baixa até incorporar bem. O bicarbonato vai actuar nos ingredientes ácidos e é, igualmente, determinante para o sucesso desta receita.

Vai ao forno em duas formas untadas com manteiga e polvilhadas com farinha, nas quais deve colocar papel vegetal a forrar o fundo. Coze em cerca de 25 minutos.

Nota importante: é fundamental, na execução de um bolo, que os ingredientes estejam à temperatura ambiente. No caso deste red velvet, estamos a falar da manteiga, dos ovos, do leite e do sumo de limão, que normalmente estão armazenados no frio. Basta retirá-los antecipadamente para a superfície de trabalho, aproveitando para fazer a tão famosa mise en place, ou seja, colocar todos os ingredientes, utensílios e aparelhos na sua bancada, para evitar distracções e para que nada falhe.


Ingredientes para o creme de mascarpone:

  • 250g de mascarpone, frio
  • 150g de natas gordas, frias
  • 1 colher de café de extracto de baunilha (3g)
  • 100g de açúcar em pó

Para preparar este creme, o mascarpone e as natas têm de estar bem frios. Começe por misturar muito bem o mascarpone e o açúcar em pó, e verta as natas no preparado, batendo até formar um creme encorpado.

Recheie e cubra o bolo, e leve-o ao frio para estruturar.

Este bolo é dos melhores que alguma vez fiz, e o resultado final é sublime. Podem acrescentar ao recheio frutos vermelhos, que lhe vai conferir alguma acidez, e elevá-lo a um patamar celestial.

Deliciem-se!

 

 


Miguel Mósca Nunes

09.01.23

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O aproveitamento, ou, se quisermos, o açambarcamento da res publica, dura há anos. A diferença é que se tornou visível, nomeadamente através da comunicação social, que tem tido um papel fundamental ao impedir, ou, pelo menos, mitigar, a cegueira colectiva.

Contudo, não é suficiente, porque há um mal maior. Uma letargia associada à falta de conhecimento e de cultura e a condições de vida que geram exaustão e pouca vontade para intervir, isto é, para exercer a chamada cidadania activa. É desonesto dizer-se que a responsabilidade pelo estado de coisas é do povo, porque a miséria material e intelectual é mantida, precisamente, pelos políticos.

Tudo isto, associado à elevada abstinência, é muito conveniente para os poderes públicos e quem neles habita e se move, que só quer que as negociatas, e os proventos e estatuto que delas advêm, passem despercebidos, disfarçados e, sobretudo, intocáveis.

As inúmeras demissões dos últimos dias são sintoma da lama que escorre da governação mas, infelizmente, não são cura. A grande porca, tão inteligentemente ilustrada pelo Bordalo, continua a alimentar os porcos.

É lamentável que, a par deste estado de graça, desta manutenção do fausto das elites políticas, haja o sacrifício de tanta gente que merecia muito melhor.

O que resta da democracia? Muito pouco…


Miguel Mósca Nunes

23.12.22

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Um bom conto de Natal seria aquele que erradicasse toda a maldade do paneta, todos os abandonos, todas as agressões, toda a infelicidade.

Um bom conto de Natal seria aquele que tivesse o condão de transformar toda a miséria em abundância.

Tudo o que conhecemos transformar-se-ía num paraíso de fraternidade, de boa comida, boa saúde, pleno emprego, satisfação, encontro com a essência do outro.

Um mundo em que uma manta quentinha pudesse cobrir todos os joelhos, junto a uma mesa com biscoitos e chá, num ambiente aquecido por uma vibrante lareira.

Um mundo sem Putins.

Um mundo sem sofrimento, sem ódio, sem racismo e segregação, sem homofobia, sem preconceito.

Um mundo só de Amor.

 

Feliz Natal!


Miguel Mósca Nunes

19.12.22

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Que este Natal seja de reencontro com familiares e amigos que não vemos há muito.

Para que olhemos para os outros com compaixão.

Para que não tenhamos gente a dormir ao relento e ao frio.

Para que não ignoremos quem nos interpela na rua, a pedir dinheiro.

Para que nenhuma criança sinta rejeição, preconceito ou racismo.

Lembrei-me de certas pessoas que nos marcam profundamente e, sem sequer saberem, determinam o nosso futuro. Algumas dessas pessoas são amigos, médicos, professores.

Por falar em professores, a escola deveria ser um local de acolhimento, compreensão, motivação e de estímulo. Lembro-me da minha professora do primeiro ao quarto ano, que nunca deveria ter exercido esta profissão, de tão austera, ditatorial e insensível que era. Enebriada e empedernida pela doutrina do Estado Novo, aplicava sobre os alunos uma disciplina baseada no medo e no castigo psicológico e físico. Cruel, vil, mesquinha e sem um pingo de benevolência e bondade, não tinha qualquer talento para lidar com crianças. Uma tirana.

Lembro-me da minha professora de português do 11º ano, que foi uma inspiração. Uma das melhores, senão a melhor professora com quem tive o privilégio de aprender. Deixava tudo nas aulas, com dedicação e enorme paixão.

E é com paixão que devemos viver e espalhar alegria.

Feliz Natal!


Miguel Mósca Nunes

08.12.22

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O que está a acontecer em torno de Cristiano Ronaldo é, mais uma vez, exemplo das mentalidades pequeninas, mesquinhas e torpes, que povoam as redes sociais e a comunicação social. A necessidade de atribuir rótulos, etiquetas e classificações, num engavetar ridículo, numa perspectiva que só se foca no agora, esquecendo o passado e criando uma névoa para o futuro, é demonstrativa da fraca inteligência desta gentalha.

Esquecem, de forma cruel e fria, que não são proprietários da verdade dos outros, sobretudo quando é vista através da televisão, de um computador ou telemóvel. Esta arrogante apropriação da verdade alheia cheira mal, e não abona a favor desta cambada de idiotas que deveriam ocupar-se da própria vida. Provavelmente tudo isto é sinal de uma enorme frustração, pela ausência de propósito e de concretização de sonhos... A dor de corno é tramada!

José Alberto Carvalho diz que Cristiano Ronaldo merece gratidão... Não, meus caros! O que ele merece, acima de tudo, é que não se transforme um rato num elefante. Não merece que se exacerbe um comportamento, que é apenas um pormenor no meio do trabalho fenomenal de toda uma selecção. Tenham juízo!

Entretanto, é Natal!!!


Miguel Mósca Nunes

06.12.22

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Esta torta maravilhosa é excelente para fazer parte da mesa de Natal. Uma torta saborosa, com um intenso aroma a laranja, requintada e com uma textura suave, vai enriquecer a lista de doçaria para a consoada.

O Marco tem aqui um ex-líbris das suas receitas, que me faz lembrar as noites de Natal da minha adolescência, quando os convidados já se tinham ido embora, e ficava a ver a programação da RTP, e a comer as iguarias dispostas numa mesa em tons de vermelho.

 

Ingredientes:

  • 500 g de açúcar
  • 50 g de farinha
  • 15 g de fermento em pó
  • 2 laranjas grandes (raspa e sumo)
  • 12 ovos

 

Preparação:

Misture o açucar, a farinha e o fermento e adicione a raspa e o sumo das laranjas. Mexa bem.

Junte depois os ovos e misture muito bem.

Forre um tabuleiro com papel vegetal e unte o papel com manteiga.

Verta o preparado na forma e leve a cozer, em banho-maria, em forno pré-aquecido a 220 graus, por, aproximadamente, 30 minutos. Sugiro que ferva a água para controlar melhor o tempo de cozedura.

Retire do forno, desenforme para uma superfície forrada a papel vegetal coberto de açúcar e enrole a torta ainda quente.

 

Como estamos nesta época festiva, pode decorar a torta com apontamentos celestiais.

Delicie-se!

 


Miguel Mósca Nunes

05.12.22

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Hoje é dia de trazer a minha receita de bolo podre, que resolvi reformular para esta época festiva. Trata-se de uma variação deste maravilhoso bolo, desta vez a acentuar os sabores natalícios, tipicamente portugueses.

É muito idêntica à receita que já apresentei por aqui, no dia 12 de Janeiro de 2022, mas, à mesma base cremosa, junta-se uma trilogia composta de canela, mel e limão, num delicioso cântico de sabores.

Este hino celestial é aprimorado pelo vinho do Porto.

 

Ingredientes:

  • 6 ovos inteiros
  • 250 g de farinha
  • 200 g de açúcar amarelo
  • 250 ml de azeite
  • 150 ml de mel
  • 1 colher de sobremesa de fermento
  • 1 colher de sopa de canela
  • raspa da casca de um limão
  • 60 ml de vinho do Porto
  • 1 colher de chá de sal

 

Preparação:

  • Bater os ovos com o açúcar até clarear.
  • Juntar o azeite, o vinho do Porto, o mel e bater até misturar.
  • Juntar a canela, a raspa do limão e a farinha ( já com o fermento incorporado), e misturar bem. Nesta massa não há inconveniente em bater bem a farinha devido ao azeite presente na receita.
  • Levar ao forno pré-aquecido a 180º, por trinta minutos ou até que um palito inserido no centro da massa seja retirado limpo, em forma rectangular ou quadrada, a que se deu untura e polvilhou.
  • Desenformar depois de arrefecido.

 

Deliciem-se com este bolo natalício saboroso, fofo, aveludado e húmido.

Feliz Natal!

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