Miguel Mósca Nunes
17.10.22
Nestes tempos conturbados de incerteza relativa aos Direitos Humanos, num contexto muito específico de pós-pandemia e de guerra, que nos faz pensar sobre o destino da Humanidade, deparamo-nos com o ressurgimento de movimentos extremistas motivados pelo ódio e pela intolerância, especificamente na Europa.
Torna-se urgente que olhemos de forma séria para a História recente (passaram apenas 77 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz) e tomemos consciência de que o mal anda por aí, insidioso e a preparar terreno para práticas inimaginavelmente crueis e horríveis. E isto, meus caros, poderá não ser um exagero.
Para que não nos esqueçamos, trago-vos este livro, de Esther Mucznik, que foi a Auschwitz pela primeira vez a 27 de Janeiro de 1994, e que descreve o universo concentracionário Nazi, isto é, a indústria de morte construída com o objectivo final de extermínio dos Judeus.
Claro que os prisioneiros de Auschwitz eram políticos, opositores e resistentes, prisioneiros de guerra russos, criminosos, prostitutas, ciganos, deficientes, dementes, homossexuais e testemunhas de Jeová. Mas, efectivamente, o alvo principal do ódio Nazi e da “Solução Final” foram os Judeus.
Uma leitura obrigatória, perante os acontecimentos dos últimos tempos, para que mantenhamos os pés no lado bom da barricada, e os olhos bem abertos quando estivermos perante a face do mal.
Não nos podemos esquecer, porque acredito que ainda vamos a tempo.
Boas leituras.