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Lately

Histórias, opiniões, desabafos, receitas...

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Histórias, opiniões, desabafos, receitas...


Miguel Mósca Nunes

31.10.23

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A conversa de taberna entre Miguel Sousa Tavares e José Alberto Carvalho foi lamentável, ignóbil e reveladora de uma ignorância sem explicação para duas criaturas com uma formação que deveria garantir um nível de consciência e de inteligência muito superior ao demonstrado.

Estas duas criaturas referem-se ao machismo sem se aperceberem de que são dois verdadeiros exemplos do que é ser machista. Mais, falam em sexismo e objectificação e estão a ser sexistas e a objectificar aquela mulher, que por acaso é trans! Como é que é possível esta falta de noção?!

E misturam argumentos, falando das feministas que são contra os concursos de beleza, por serem, precisamente, contra a objectificação e a favor da igualdade de género, que não cabe no que aqui se discute (sobretudo hoje), mas nada as impede de serem contra a discriminação.

E sim, há mulheres que partilham da opinião destes dois, o que é extraordinário!


Miguel Mósca Nunes

20.10.22

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Emancipação não é objectificação, nunca!

As mulheres não nasceram para servir os maridos, para serem donas de casa e acabarem os seus dias em frente do lava-loiça ou do fogão. As nossas vidas, enquanto indivíduos, devem valer por si, devem ter a importância que a auto-determinação promove, e a vontade própria deve ser o motor das nossas escolhas, com consequências sociais e profissionais, ao invés das convenções e dos papéis que nos atribuem, e muito menos, do que esperam de nós.

Todos os direitos e prerrogativas devem assistir à mulher, fundamentados na igualdade relativamente aos homens. Mas há um mas. A emancipação não pode ser confundida com objectificação, e isto tem de ficar muito claro, sobretudo nas mentes das jovens, que confundem liberdade com o serem objecto da satisfação masculina,  através da coisificação dos seus corpos e da subjugação sexual. Uma coisa é ter um comportamento sexual igual aos dos homens, outra é a inferiorização, dando força ao sexismo que teima em não acabar.

Há uma clara e visível diferença, nomeadamente nas plataformas audio-visuais e nas redes sociais, entre a exposição masculina e feminina: os homens exibem-se, as mulheres vulnerabilizam-se e inferiorizam-se. Os homens mostram força. As mulheres mostram atributos físicos. A mensagem que passa é a de que os homens usam, as mulheres são usadas. 

A histórica inferioridade mantém-se assim, agarrada aos novos comportamentos, sob a capa da emancipação e, de forma velada, mostram que a mulher continua a sacrificar-se perante a hegemonia masculina. Temo que a legitimação para comportamentos dominadores e agressivos tenham como base esta realidade. Perpetuamos, sem nos apercebermos, mensagens subliminares que legitimam o jugo e o exercício de domínio e de violência sobre a mulher.

Até no envelhecimento, a mulher não é livre, tendo de se mutilar, injectar e encher de corpos estranhos, para se manter apetecível. Uma escravidão que eu não desejo para os meus.

Frank Outlaw disse:

«Cuidado com os seus pensamentos, pois tornam-se palavras.
Cuidado com as suas palavras, pois tornam-se acções.
Cuidado com as suas acções, pois tornam-se hábitos.
Cuidado com os seus hábitos, pois transformam-se no seu carácter.
E cuidado com seu carácter, pois será o seu destino.»

Se viram o filme "A Dama de Ferro", não esquecerão: "O que nós pensamos torna-se no que somos."

 

 

 

 

 


Miguel Mósca Nunes

28.09.21

É tão interessante ver uma mulher a atraiçoar as suas pares, ou melhor, a boicotar qualquer hipótese de contrariar a ideia de que as mulheres são más umas para as outras, num reality show de grande audiência da televisão generalista nacional. É isto mesmo meus caros! A concorrente está a mandar para o galheiro o esforço de tantas mulheres, numa já longa caminhada, sobretudo porque usa a bandeira da sororidade e utiliza uma plataforma vista por milhões.

Contra a dificílima batalha pela igualdade, não discriminação, e outras lutas desta vida (pelo andar da carruagem, e com estes contributos, nem nos próximos dois séculos haverão mudanças e progressos), temos estas infiltradas, que não são mais do que espias contratadas pelos homens, a boicotar o sucesso das verdadeiras feministas. A concorrente do famoso reality é exímia na arte da mesquinhez e da maledicência, corroendo as relações das restantes mulheres da casa através da intriga. Que coisa tão linda!

Pode dizer-se que estará a exemplificar o que não se deve fazer, mas não me parece que a leitura dos espectadores seja essa. Por outro lado, podemos afirmar que não é por ser uma mulher, há pessoas assim em todo o lado. É verdade, mas a conclusão provável de quem assiste a este desatino é a de que as mulheres são todas iguais e tramam-se umas às outras.

Os machistas esfregam as mãos, mas eu não. É lamentável que uma mulher, supostamente inteligente, se sirva da sororidade para benefício próprio e tenha um comportamento que contraria a causa defendida. A senhora parece um elefante numa loja de cristais!

A sensação que tenho é a de que, no "apalpar do terreno" e no anelo de se posicionar no jogo, atirou com aquela palavra e... "UPS, disse isto e agora tenho de manter a coisa até ao fim, custe o que custar." Custar-lhe-á caríssimo: cem mil euros.

Tenho dito!


Miguel Mósca Nunes

23.07.21

O feminismo tem sido, nos últimos anos, muito criticado, sobretudo com o argumento de que o papel da mulher nos dias de hoje é muito diferente do que há uns anos. Dizem que a mulher é mais forte, tem palavra e tem os mesmos direitos que o homem. Portanto, qualquer movimento feminista não tem razão de ser e é extremista e radical.

Pura mentira!

Estamos muito longe da igualdade de género. A mulher continua a ser objectivada, marginalizada e menosprezada.

Uma mulher de sucesso é um alvo a abater e todos os motivos ilógicos servem para o combate. Motivos que nunca seriam utilizados contra o homem.

Feminsimo sempre, enquanto a desigualdade existir!

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