Miguel Mósca Nunes
19.12.22
Que este Natal seja de reencontro com familiares e amigos que não vemos há muito.
Para que olhemos para os outros com compaixão.
Para que não tenhamos gente a dormir ao relento e ao frio.
Para que não ignoremos quem nos interpela na rua, a pedir dinheiro.
Para que nenhuma criança sinta rejeição, preconceito ou racismo.
Lembrei-me de certas pessoas que nos marcam profundamente e, sem sequer saberem, determinam o nosso futuro. Algumas dessas pessoas são amigos, médicos, professores.
Por falar em professores, a escola deveria ser um local de acolhimento, compreensão, motivação e de estímulo. Lembro-me da minha professora do primeiro ao quarto ano, que nunca deveria ter exercido esta profissão, de tão austera, ditatorial e insensível que era. Enebriada e empedernida pela doutrina do Estado Novo, aplicava sobre os alunos uma disciplina baseada no medo e no castigo psicológico e físico. Cruel, vil, mesquinha e sem um pingo de benevolência e bondade, não tinha qualquer talento para lidar com crianças. Uma tirana.
Lembro-me da minha professora de português do 11º ano, que foi uma inspiração. Uma das melhores, senão a melhor professora com quem tive o privilégio de aprender. Deixava tudo nas aulas, com dedicação e enorme paixão.
E é com paixão que devemos viver e espalhar alegria.
Feliz Natal!