Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Lately

Histórias, opiniões, desabafos, receitas...

Lately

Histórias, opiniões, desabafos, receitas...


Miguel Mósca Nunes

31.07.23

 

Screenshot_20230731_114607_Gallery.jpg

Um bolo de maçã muito especial.

Este bolo é uma adaptação de uma receita que descobri no youtube, feito com pêra em calda, amêndoa moída e baunilha. Claro que tinha de o aportuguesar! Substituí aqueles ingredientes, ajustei as quantidades e, como resultado, temos um bolo delicioso, cremoso, macio e húmido, que derrete na boca, e faz verdadeiros milagres no que diz respeito ao estado de alma de quem o saboreia.

Quando servir o bolo, garanto-lhe que vai ouvir os mais rasgados elogios, ao ponto de ficar incomodado e de não saber o que fazer. Se quiser concretizar um negócio, resolver uma desavença familiar, favorecer a tomada de uma decisão, ouvir um "sim" quando pedir alguém em casamento, sirva este bolo… a culinária tem destas coisas e, às vezes, faz magia!

 

Ingredientes

Creme

3 ovos
150 g de açúcar branco
45 g de amido de milho
750 ml de leite inteiro
Generosas cascas de limão (sem a parte branca)

 

Massa

4 ovos
200 g de açúcar branco
5 g de sal fino
200 ml de leite inteiro
100 ml de óleo vegetal
340 g de farinha
2 colheres de chá de fermento em pó
1 colher de chá de canela moída
4 maçãs descascadas e cortadas em quadrados pequenos

 

Preparação

Começe por fazer o creme, juntando os ingredientes numa panela (misture primeiro os ovos e o amido, evitando deste modo a formação de grumos), e cozinhe em fogo médio, mexendo sempre até engrossar. Reserve para arrefecer.

Pré-aqueça o forno a 180º e forre uma forma rectangular grande, de 30x50 cm, com papel vegetal (untada com manteiga e enfarinhada).

Bata os ovos, o sal e o açúcar por três a quatro minutos, até ficar fofo. Junte o leite e o óleo e misture só até incorporar. Peneire e junte a farinha, a canela e o fermento ao preparado anterior, misturando até incorporar (não bata demais a massa). Junte a maçã e envolva.

Coloque o creme num saco de pasteleiro.

Verta a massa para a forma, corte a ponta do saco de pasteleiro e aplique o creme em linhas longitudinais e transversais, formando uma espécie de xadrez, até esvaziar o saco. Não se preocupe muito com a perfeição...

Leve ao forno por 40 minutos (teste com um palito para verificar se está no ponto).

Deixe arrefecer, desenforme e polvilhe com açúcar em pó.

 

Delicie-se e sinta a magia!

 


Miguel Mósca Nunes

10.01.23

FB_IMG_1673363056925.jpg

O meu Red Velvet é qualquer coisa de especial. Sabe bem em qualquer altura, sobretudo como forma de celebrar. Celebrar seja o que for. Celebrar a vida!

Eu acredito no facto de que, em tudo o que fazemos, transmitimos energia, e para fazer um bolo não basta misturar ingredientes. É necessário gostar de cozinhar, é fundamental ter paciência e prazer na execução das receitas, no misturar, no bater, no envolver, no polvilhar, no peneirar. Sem pressa. É o estado de espírito, o bem-querer ou a boa-vontade, se quiserem, que se reflecte no resultado.

Devo dizer que reformulei esta receita porque, sobretudo, achei que o tradicional e famoso buttercream (creme de manteiga) não faria a melhor combinação, e encontrei no creme de mascarpone um bom aliado para que, a cada garfada, reviremos os olhos e sejamos arrebatados por uma sensação única.

Na esperança de que consigam replicar esta maravilhosa reunião de ingredientes, partilho esta fabulosa receita.

Ingredientes para a massa:

  • 120 g de manteiga sem sal à temperatura ambiente
  • 300 g de açúcar
  • 2 ovos
  • 20 g de cacau
  • 1 frasco de corante vermelho (sem sabor)
  • 1 colher de chá de extracto de baunilha
  • 30 ml de sumo de limão
  • 205 ml de leite gordo
  • 300 g de farinha
  • 1 colher de chá de sal
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de sopa de vinagre de vinho branco


Preparação:

Pré-aqueça o forno a 180º e, na batedeira eléctrica, começe por misturar a manteiga e o açúcar até estarem muito bem ligados e formarem um creme fofo. Esta é uma das operações essenciais para que a massa cresça quando for ao forno.

Combine o sumo de limão como o leite e deixe coalhar.

Adicione os ovos e o extracto de baunilha e bata a velocidade média/alta até estarem bem incorporados - este é outro passo essencial para a qualidade do bolo.

Adicione o corante vermelho e bata até misturar bem.

Misture a farinha, o cacau e o sal. Peneire e junte à massa, alternando pequenas quantidades com o leite coalhado para incorporar todos os ingredientes.

Misture o bicarbonato de sódio e o vinagre numa taça pequena (vai fazer espuma), e adicione à massa, mexendo a velocidade baixa até incorporar bem. O bicarbonato vai actuar nos ingredientes ácidos e é, igualmente, determinante para o sucesso desta receita.

Vai ao forno em duas formas untadas com manteiga e polvilhadas com farinha, nas quais deve colocar papel vegetal a forrar o fundo. Coze em cerca de 25 minutos.

Nota importante: é fundamental, na execução de um bolo, que os ingredientes estejam à temperatura ambiente. No caso deste red velvet, estamos a falar da manteiga, dos ovos, do leite e do sumo de limão, que normalmente estão armazenados no frio. Basta retirá-los antecipadamente para a superfície de trabalho, aproveitando para fazer a tão famosa mise en place, ou seja, colocar todos os ingredientes, utensílios e aparelhos na sua bancada, para evitar distracções e para que nada falhe.


Ingredientes para o creme de mascarpone:

  • 250g de mascarpone, frio
  • 150g de natas gordas, frias
  • 1 colher de café de extracto de baunilha (3g)
  • 100g de açúcar em pó

Para preparar este creme, o mascarpone e as natas têm de estar bem frios. Começe por misturar muito bem o mascarpone e o açúcar em pó, e verta as natas no preparado, batendo até formar um creme encorpado.

Recheie e cubra o bolo, e leve-o ao frio para estruturar.

Este bolo é dos melhores que alguma vez fiz, e o resultado final é sublime. Podem acrescentar ao recheio frutos vermelhos, que lhe vai conferir alguma acidez, e elevá-lo a um patamar celestial.

Deliciem-se!

 

 


Miguel Mósca Nunes

06.12.22

20220917_191728.jpg

Esta torta maravilhosa é excelente para fazer parte da mesa de Natal. Uma torta saborosa, com um intenso aroma a laranja, requintada e com uma textura suave, vai enriquecer a lista de doçaria para a consoada.

O Marco tem aqui um ex-líbris das suas receitas, que me faz lembrar as noites de Natal da minha adolescência, quando os convidados já se tinham ido embora, e ficava a ver a programação da RTP, e a comer as iguarias dispostas numa mesa em tons de vermelho.

 

Ingredientes:

  • 500 g de açúcar
  • 50 g de farinha
  • 15 g de fermento em pó
  • 2 laranjas grandes (raspa e sumo)
  • 12 ovos

 

Preparação:

Misture o açucar, a farinha e o fermento e adicione a raspa e o sumo das laranjas. Mexa bem.

Junte depois os ovos e misture muito bem.

Forre um tabuleiro com papel vegetal e unte o papel com manteiga.

Verta o preparado na forma e leve a cozer, em banho-maria, em forno pré-aquecido a 220 graus, por, aproximadamente, 30 minutos. Sugiro que ferva a água para controlar melhor o tempo de cozedura.

Retire do forno, desenforme para uma superfície forrada a papel vegetal coberto de açúcar e enrole a torta ainda quente.

 

Como estamos nesta época festiva, pode decorar a torta com apontamentos celestiais.

Delicie-se!

 


Miguel Mósca Nunes

05.12.22

IMG_20221121_122439_486.jpg

Hoje é dia de trazer a minha receita de bolo podre, que resolvi reformular para esta época festiva. Trata-se de uma variação deste maravilhoso bolo, desta vez a acentuar os sabores natalícios, tipicamente portugueses.

É muito idêntica à receita que já apresentei por aqui, no dia 12 de Janeiro de 2022, mas, à mesma base cremosa, junta-se uma trilogia composta de canela, mel e limão, num delicioso cântico de sabores.

Este hino celestial é aprimorado pelo vinho do Porto.

 

Ingredientes:

  • 6 ovos inteiros
  • 250 g de farinha
  • 200 g de açúcar amarelo
  • 250 ml de azeite
  • 150 ml de mel
  • 1 colher de sobremesa de fermento
  • 1 colher de sopa de canela
  • raspa da casca de um limão
  • 60 ml de vinho do Porto
  • 1 colher de chá de sal

 

Preparação:

  • Bater os ovos com o açúcar até clarear.
  • Juntar o azeite, o vinho do Porto, o mel e bater até misturar.
  • Juntar a canela, a raspa do limão e a farinha ( já com o fermento incorporado), e misturar bem. Nesta massa não há inconveniente em bater bem a farinha devido ao azeite presente na receita.
  • Levar ao forno pré-aquecido a 180º, por trinta minutos ou até que um palito inserido no centro da massa seja retirado limpo, em forma rectangular ou quadrada, a que se deu untura e polvilhou.
  • Desenformar depois de arrefecido.

 

Deliciem-se com este bolo natalício saboroso, fofo, aveludado e húmido.

Feliz Natal!


Miguel Mósca Nunes

14.03.22

IMG_20220312_190336_759.jpg

Mesmo à beira de uma terceira guerra mundial, cansado de olhar à volta e só ver egoísmo, ganância, incompreensão, ódio, falta de empatia e de noção sobre o verdadeiro sentido da nossa existência, ainda consigo ter ânimo para cozinhar e fazer felizes os que me rodeiam.

Deixe-se derrotar por esta delícia. Mesmo quem não gosta de coco, socumbe.

 

Bolo de chocolate com coco do Mósca

 

Ingredientes

Massa:

- 4 ovos inteiros

- 300 g de açúcar

- 40 g de cacau em pó

- 120 ml de óleo

- 240 ml de leite

- 1 colher de chá de bicarbonato de sódio

- 360 g de farinha de trigo

- 1 colher de sopa de fermento químico

 

Recheio:

- 790 g de leite condensado (duas latas)

- 5 colheres de sopa de amido de milho

- 600 ml de leite

- 250 g de coco ralado

- 200 ml de natas

- 5 folhas de gelatina incolor e sem sabor

 

Ganache:

- 200 g de chocolate negro 70%

- 200 ml de natas

 

Preparação

Bata os ovos com o açúcar, até ficar uma mistura fofa e esbranquiçada. Junte o óleo, o leite, o bicarbonato, o cacau e a farinha. Bata só até misturar e junte o fermento em pó, batendo novamente só o necessário. Leve ao forno pré-aquecido a 180º, em duas formas de 22 cm de diâmetro, com cinco a seis centímetros de altura, por aproximadamente 35 minutos. De qualquer forma, experimente com um palito para confirmar se a massa está cozida.

Para a preparação do recheio, espere que os bolos arrefeçam e, num tacho, junte o amido de milho ao leite condensado e misture bem até deixar de haver grumos. Depois junte o leite e o coco ralado, e leve ao lume, mexendo sempre até ferver e engrossar. Junte as natas e misture, deixando ferver por instantes. Apaque o lume. Coloque as folhas de gelatina em água e aguarde 5 minutos. Escorra as folhas de gelatina e misture no preparado do coco, que tem de estar quente, mexendo bem para incorporar.

Divida cada um dos bolos em 2 (utilize, se possível, um corta-bolos). Numa forma alta (mínimo 10 cm), do mesmo diâmetro das que utilizou para cozer os bolos, forre com película transparente e comece a fazer a montagem, colocando uma camada de bolo e uma do preparado de coco quente, até finalizar com a quarta camada de bolo (são quatro camadas de bolo e três de coco). Leve ao frio para solidificar.

Ao fim de duas horas retire do frio e desenforme como habitualmente desenforma um bolo. Faça a ganache levando as natas ao lume. Quando levantarem fervura, coloque o chocolate cortado em pedaços e espere cerca de um minuto até começar a mexer. Quando o chocolate estiver todo dissolvido e misturado nas natas, formando um creme uniforme e brilhante, a ganache está pronta para cobrir o bolo.

Verta a ganache no topo do bolo e, com a ajuda de uma espátula, leve-a para as extremidades, para que possa cobrir as laterais. Neste processo, a ganache vai arrefecendo e solidificando.

Leve ao frio novamente, e retire o seu magnífico bolo de chocolate e coco uma hora antes de servir.

Experimente e mantenha-se calmo, sem qualquer manifestação exacerbada de júbilo… se conseguir.


Miguel Mósca Nunes

09.03.22

IMG_20201027_223306.jpg

Estamos a precisar de consolo, e nada melhor do que uma receita típida do Outono, que fica bem durante todo o ano, para nos fazer esquecer o que anda por aí a acontecer. Uma receita inspirada na melhor tradição portuguesa e relacionada com o Pão por Deus e com o Dia de Todos os Santos, 1 de Novembro, muito semelhante ao dia das Bruxas ou Halloween (dos países anglo-saxónicos), no qual as crianças andam de porta em porta a pedir doces ou travessuras (trick or treat).

Dizem as críticas que não deveriamos adoptar o que não é nosso. Contudo, a minha opinião é a de que podemos fazer de tudo para que as nossas crianças tenham motivos de alegria. Não eliminamos mas, sim, acrescentamos. É tudo uma questão de perspectiva.

Onde cheira a broa mora gente boa. Se levarmos umas broas ao Putin, pode ser que o estupor se redima.

As minhas Broas dos Santos

Ingredientes

  • 700 g de farinha
  • 1 colher (de sobremesa) de Fermento em Pó
  • 2 ovos
  • 300 g de açúcar amarelo ou mascavado
  • 200 g de Nozes ou outros frutos secos
  • Duas colheres de sopa de mel
  • 150 ml de azeite
  • 60 ml de vinho do Porto
  • 100 g de manteiga derretida
  • 125 g de leite
  • Uma colher de sopa de canela
  • Uma colher de sopa de erva doce
  • Uma colher de chá de sal

 

Preparação

Misture os ovos com o açúcar, o mel, o azeite, o leite, o vinho do Porto, a manteiga, a canela, a erva doce e o sal. Incorpore as nozes.

Junte o fermento e depois a farinha, até incorporar, sem amassar (é muito importante que não amasse, para que as broas não endureçam).

Faça pequenas bolas com as mãos enfarinhadas e coloque num tabuleiro forrado com papel vegetal, com a distância suficiente para não se colarem umas às outras, durante a cozedura.

Se quiser, pode passar gema de ovo por cima de cada broa.

Leve ao forno a 200g até alourar.

Nota: vá juntando a farinha aos poucos, para avaliar a consistência da massa, que fica no ponto quando deixa de se colar às mãos – pode acontecer que não utilize a totalidade da farinha.

 

Bom consolo!

 

 


Miguel Mósca Nunes

18.02.22

IMG_20220827_124616_332.jpg

Esta semana tem sido particularmente estranha mas ao mesmo tempo esclarecedora, com notícias sobre violência doméstica num programa de grande audiência na televisão nacional e com a divulgação de um estudo financiado pela Gulbenkian e elaborado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, concluindo que, em 2020, 61% dos inquiridos não leu um livro sequer, e que 90% ligam a TV todos os dias. Como factores principais para esta realidade, o estudo aponta a idade, o rendimento mensal e o grau de escolaridade.

O factor económico é, julgo eu, a principal razão para o afastamento dos portugueses dos livros, dos teatros, dos concertos e de outras manifestações culturais e não a de sermos uma cambada de acéfalos, sem opinião ou critérios, para quem basta ser entretido. Não será necessário dissertar sobre as consequências redutoras e empobrecedoras a vários níveis e a longo prazo, se a televisão continuar a ser só entretenimento. É mais fácil do que somar um mais um. O que nos vai safando é a nossa RTP 2.

Mas, meus queridos, como é mais provavel haver dinheiro para fazer um pudim do que para ir ao teatro, desta vez trago-vos uma receita que faz as delícias cá de casa, principamente dos meus filhos, que adoram esta simples, contudo magnífica, sobremesa.

 

Ingredientes

  • 2 ovos inteiros
  • 4 gemas
  • 1 lata de leite condensado (395g)
  • 450 ml de leite gordo
  • 200 g de açúcar e 200ml de água, para o caramelo

Nota: pode aromatizar com baunilha (essência).

Preparação

Leve ao lume o açúcar e a água e deixe ferver, sem mexer, até chegar à cor âmbar para um caramelo no ponto (não deixe escurecer para não correr o risco de queimar). Verta este preparado numa forma para pudim, cobrindo o fundo e as laterais. Nesta operação deverá utilizar luvas para não queimar as mãos.

Enquanto a forma arrefece, comece por ligar as gemas e os ovos inteiros, com o auxílio de uma colher (não utilize vara de arames para não incorporar ar). Noutro recipiente misture o leite gordo e o condensado. A esta mistura juntam-se os ovos, passando-os por um passador de rede fina. Mais uma vez utiliza-se uma colher, ou mesmo um salazar, para ligar.

Finalmente, verta a mistura para a forma, passando-a novamente pelo passador, e leve ao forno pré-aquecido a 160º, em banho-maria, durante uma hora e quinze minutos. Confirme se o pudim está no ponto ao inserir uma faca que deverá sair limpa. Deixe arrefecer e leve ao frio por quatro horas antes de desenformar.

Dica: ferva a água numa chaleira antes de a verter para o banho-maria, caso contrário é provável que tenha de aumentar o tempo de cozedura em cerca de vinte minutos. 

O segredo da textura uniforme deste pudim tem, definitivamente, que ver com estes passos fundamentais: a utilização de colher para misturar e o passador de rede fina. Nunca utilize varas de arames e muito menos um liquidificador.

Deliciem-se!

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub