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Lately

Histórias, opiniões, desabafos, receitas...

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Histórias, opiniões, desabafos, receitas...


Miguel Mósca Nunes

06.03.25

Amor é fogo.jpg

 

No V centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões, A Barraca apresenta um espetáculo sobre a vida e obra do Poeta, com dramaturgia e encenação de Hélder Mateus da Costa e a participação de Maria do Céu Guerra.
Um espetáculo poético que remete para a História sabendo que entre a Poesia, a Verdade e a História há um belo mal-entendido.

Encenação Hélder Mateus da Costa e Maria do Céu Guerra
Assistência de encenação Gil Filipe
Elenco Adérito Lopes, Beatriz Dinis e Silva, Érica Galiza, Gil Filipe, Luís Ilunga, Maria do Céu Guerra, Manuel Petiz, Rita Mendes Nunes, Samuel Moura, Sérgio Moras, Teresa Mello Sampayo, Vasco Lello, Maria Baltazar
Produção Inês Costa
Apoio à Produção Gil Filipe, Manuel Petiz, Teresa Mello Sampayo
Direcção Musical e Música Original Maestro António Victorino D'Almeida
Cenografia   A Barraca
Concepção de Vídeo   André Letria
Desenho de Luz Vasco Letria
Operação de Luz Ruy Santos
Operação de Som e Vídeo João Pessegueiro
Guarda-roupa   Mestra Alda Cabrita
Adereços Tina Simões
Design Gráfico Inês Costa
Cartaz e Telão Luis Henriques
Fotos Paulo Chaves

Duração: 120 Minutos
Classificação etária: M/12


Miguel Mósca Nunes

21.02.25

O-incorruptivel.jpg

 

Gil Filipe e Rita Mendes Nunes sobem ao Palco d'A Barraca, todas as sextas-feiras, às 19h30, até 07 de Março, numa comédia de rir até às lágrimas.

Num texto e encenação de Helder Mateus da Costa, esta peça é mais actual do que nunca, num país onde a corrupção é uma realidade.

"Gil Filipe dá vida a Anthôunio, um político que vive na angústia de ninguém o querer corromper, acompanhado em cena pela camaleónica Rita Nunes que interpreta uma miríade de personagens que vão de um cardeal a uma vidente. Uma “singela homenagem” a inesquecíveis e bem conhecidas figuras nossas contemporâneas."

Não percam!

Nota: Consultar programação no site da companhia e nas plataformas de venda de bilhetes de espectáculos


Miguel Mósca Nunes

21.02.25

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A  Barraca leva à cena a peça comemorativa dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões.

"Um espectáculo do género histórico/poético, não pode transportar cargas poeirentas e ultrapassadas.

Homenagear os clássicos é modernizá-los e torná-los acessíveis ao público dos nossos dias. É nessa dificuldade que consiste o prazer de conseguir demonstrar que as histórias antigas têm a ver com o sempre constante e irregular comportamento humano.

Camões é um dos símbolos mais importantes do nosso século de oiro, o século XVI. E é um testemunho vivo do intelectual moderno e progressista na linha de Erasmo e Tomas More, seus contemporâneos. Através dos séculos foi sempre referido como um patriota pelos liberais e Republicanos, e também utilizado pela famílias mais reaccionárias (descendentes dos mesmos que sempre o perseguiram e lhe negaram qualquer apoio e protecção económica).

Por isso, era necessário fazer uma “operação de limpeza” ao nosso Camões e mostrá-lo em toda a sua grandeza e independência. Para exemplo aos jovens e intelectuais dos nossos dias.

Não é minha intenção propor um novo olhar para o ícone Camões e para o período das grandes navegações portuguesas, mas é preciso conhecer todas as realidades que eram sonegadas e ocultadas. Na linha de Gil Vicente, Fernão Mendes Pinto, Damião de Góis e Chiado que denunciaram nessa mesma época que esse período áureo se devia ao trabalho de cientistas e ao povo que era arrastado para as naus. E que Descobrimento foi frequentemente sinónimo de roubo e massacres a nível Universal. A História não se pode corrigir, mas eu só posso gostar do meu país ( ou de qualquer outro) se conhecer os lados positivos e os condenáveis.

Mas, também muito importante e interessante, é pensar que esse importante texto épico – além de oferecer aos navegadores portugueses o Amor como prémio na Ilha dos Amores, também é a grande aventura da língua portuguesa."

Hélder Mateus da Costa

 

Ficha artística e técnica

Espectáculo Hélder Mateus da Costa e Maria do Céu Guerra

Assistência de encenação Gil Filipe

Elenco Adérito Lopes, Beatriz Dinis e Silva, Érica Galiza, Gil Filipe, Luís Ilunga, Manuel Petiz, Maria Baltazar, Maria do Céu Guerra, Rita Mendes Nunes, Samuel Moura, Sérgio Moras, Teresa Mello Sampayo, e Vasco Lello

Produção Inês Costa

Apoio à produção Gil Filipe, Manuel Petiz, e Teresa Mello Sampayo

Direcção musical e música original Maestro António Victorino d’Almeida

Cenografia A Barraca

Concepção de vídeo André Letria

Desenho de luz Vasco Letria

Operação de luz Ruy Santos

Operação de som e vídeo João Pecegueiro

Guarda-Roupa Mestre Alda Cabrita

Adereços Tina Simões

Design gráfico Inês Costa

Fotografia Ricardo Rodrigues

Nota: Consultar programação no site da companhia e nas plataformas de venda de bilhetes de espectáculos


Miguel Mósca Nunes

19.11.24

Camões,_por_Fernão_Gomes.jpg

Luís de Camões  
[Lisboa, 1524? - Lisboa, 1580] 

Esta biografia é transcrita do site da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), que remete para o Centro de Documentação de Autores Portugueses (Maio de 2004)... sim, porque neste blog não há plágio!

"Poeta épico e lírico, considerado o maior poeta de língua portuguesa de todos os tempos, a sua biografia é ain­da hoje dificílima de traçar, dada a escassez de elementos exactos que sobre ele possuímos. A primeira biografia do poeta só aparece trinta e três anos depois da sue morte, inserta por Pedro de Mariz na edição d' Os Lusíadas (Lisboa, Pedro Crasbeek, 1613), onde vem acompanhada dos comentá­rios de Manuel Correia, já então falecido, que diz ter sido amigo de Camões. É em domínio de incertezas que se aponta a cidade de Lisboa como o lugar mais provável do seu nascimento, em 1524 ou 1525, havendo seis outras localidades que lhe disputam a honra. Coimbra é uma delas. Supõe-se que aí tenha estudado, embora não haja qualquer registo comprovativo de que tenha frequentado a Universidade. Filho de Simão Vaz e de Ana de Sá, como aparece nos documentos oficiais, ou Ana de Sá de Macedo, como ela também usa­va, Luís de Camões teria ido para Coimbra, onde havia um D. Bento, prior do Mosteiro de Santa Cruz e cancelá­rio da Universidade, seu tio, que lhe poderia ter dirigido a educação.

Camões pertence a uma aristocracia empobrecida, que procura no serviço das armas um modo de vida. Crê-se que, na mocidade, tenha estado em Ceuta. Severim de Faria (Discursos Vários Políticos, Évora, 1624), servindo-se de ecos biográficos encontrados na poesia de Camões, infere que ele esteve em África. E Aubrey Bell indica como datas prováveis: 1547-1548 para a partida e 1549 para o regresso a Lisboa. Teria sido em África que um pelouro lhe vazou um dos olhos nalgum recontro com os Mouros. De certeza, sabe-se que a deformidade ocorreu antes da sua partida para a Índia, pois a ela se refere numa carta que de lá escreveu como sendo facto conhecido. Em Lisboa leva, ao que parece, uma vida de estúrdia, tendo sido preso no Tronco da cidade por haver assaltado, numa briga, com outros companheiros seus, um servidor do paço. É perdoado por D. João III em 1553, como o atesta um documento que sugere a sua ida para a Índia.

Do que fez no Oriente durante dezassete anos nada está documentado. Parece que participou (Novembro de 1553) numa expedição à costa do Malabar e esteve, por algum tempo, no cabo Félix, ou Guardafui, incorporado, ao que se crê, no cruzeiro ao estreito de Meca, entre Fevereiro e Outubro de 1555, feito pela armada de Manuel de Vasconcelos. É depois destas duas expedições que se situa o seu período na China (Macau). Em data que é impossível precisar, Camões naufragou nas costas do Camboja, ou ac­tual Vietname, salvando das águas o manuscrito d' Os Lu­síadas, como ele próprio declara (X, 128). Ao cabo de três anos de serviço militar, provavelmente em 1556, Camões foi licenciado, tendo depois aceitado, tanto quanto é pos­sível julgar, o desempenho de funções públicas. À roda de 1568, decerto em busca de melhor sorte, vem para Moçambique, onde Diogo do Couto o encontra, vivendo na maior indigência (Década IX, cap. 20, Lisboa, 1786). O poeta passava então o tempo a aperfeiçoar Os Lusíadas e trabalhava numa obra intitulada Parnaso de Luís de Ca­mões, que lhe furtaram. Couto e os amigos do poeta, de escala em Moçambique, quotizam-se, pagam-lhe as dívi­das e a viagem, e com ele seguem para o Reino, arribando ao porto de Cascais na Primavera de 1570 (Couto, Década VIII, cap. 28, Lisboa, 1786).

A 24 de Setembro de 1571, Camões obteve de D. Sebastião o alvará que lhe permite imprimir Os Lusíadas por um período de dez anos. Em 1572 sai a obra, em Lisboa, em casa do impressor António Gonçalves. E, em 28 de Ju­lho do mesmo ano, D. Sebastião concede ao poeta uma tença anual de 15000 réis, a pagamento desde 12 de Março, pelos serviços que este lhe havia prestado na Índia, e não apenas para o compensar pela publicação d' Os Lusía­das. Esta tença foi paga irregularmente, mas sempre na sua totalidade, dela beneficiando, por ordem de Filipe II de Espanha, a mãe do poeta, que lhe sobreviveu. É graças a esta documentação que sabemos que a morte de Camões ocorreu em Lisboa, a 10 de Junho de 1580.

Em vida, além d' Os Lusíadas, Camões publicou apenas três composições. A primeira é uma ode laudatória, escrita na Índia e dedicada a Garcia de Orta ("Aquele único exemplo"), que aparece nos Colóquios dos Simples e Dro­gas (Goa, 1563). As outras duas peças – a elegia «Depois que Magalhães teve tecida» e o soneto «Vós ninfas da gan­gética espessura» – saíram na História da Província de Santa Cruz (Lisboa, 1576), de Pêro de Magalhães de Gân­davo.

O Parnaso de Luís de Ca­mões, em que ele trabalhava, foi-lhe roubado e as edições que dele conhecemos são todas edições póstumas. As Ri­mas (Lisboa, 1595) são a primeira edição da lírica, feita a partir de cancioneiros manuscritos, que, não obstante o cuidado de Fernão Rodrigues Lobo Soropita, seu organiza­dor anónimo, contém imperfeições graves e se encontra incompleta.

Das edições póstumas, o teatro de Camões foi a primei­ra obra a aparecer, incluído no volume Primeira Parte dos Autos e Comédias Portuguesas (Lisboa, 1587), onde a maior parte cabe a António Prestes. Os dois autos-comédias, Anfitriões e Filodemo, figuram na colec­tânea como da autoria do poeta, nada se sabendo, porém, do texto que lhes serviu de base. Que a censura inquisito­rial exerceu cuidadosa vigilância não há hoje dúvida, por­que no Cancioneiro de Luís Franco Correia, 1557-1589, em manuscrito, se encontra uma versão do Auto de Filo­demo (fol. 269r-286v), que é muito mais ousada na crítica institucional e dos costumes do que a do texto publicado. De acordo com a informação exarada no Cancioneiro, po­de inferir-se que o auto foi levado à cena em Goa, por al­tura dos festejos que, em 1555, assinalaram a investidura de Francisco Barreto no cargo de governador, cujas funções desempenhou sem interrupção até 1558.

A epopeia camoniana, baseada literalmente na viagem de Vasco da Gama à Índia (1497-1498), é um poema de grande complexidade estética, onde a crítica moderna tem visto não apenas a história do povo lusíada e da aventura humana, empenhada na devassa da natureza, mas a jorna­da arquetípica de uma alma, que se descobre individual­mente e busca na memória colectiva a efectividade de valores, posta à prova pela exigência dos tempos. Os Lu­síadas passam a ser encarados como uma obra plurissigni­ficante. E a voz do poeta, que na epopeia se faz ouvir, ga­nha novas dimensões na lírica, onde a torturante exploração da subjectividade, do amor e do conhecimento atinge a maior altura, fazendo de Camões indiscutivelmente um autor de estatura universal."
 


Miguel Mósca Nunes

13.08.24

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Quando quero reflectir sobre o meu caminho e as escolhas que fiz, refugio-me na escarpa da alma, onde encontro a resposta para as dúvidas e o calmante para os receios. Um dia destes fui parar a Santa Cruz, em sonhos, à procura do embalo do oceano, e ali fiquei perdido, horas a fio.

Olho para trás e reconheço que poderia ter sido outra coisa completamente diferente. Poderia ter sido actor. Sim, era isso que gostaria de ter sido... um actor. Passei fugazmente pelo palco, nos ensaios de uma peça de Oscar Wilde, “A Importância de Se Chamar Ernesto”, encenada pelo João Mota. Era a Adelaide João que me abria a porta da Comuna, a porta para um mundo que acabaria por não ser meu. Aquele mundo era soturno, escuro, cheio de panos negros e cheirava a antigo, a passado e a desencanto, num país em que a arte não é para toda a gente e não é valorizada. Neste país a arte não é para todos. Não convém...

Lamentavelmente, só cheguei aos ensaios do segundo acto. Tudo aquilo terminou, sem sequer estrear, pela ausência do encenador... Não estaria para aturar um bando de entusiastas amadores e deixou de aparecer... Desencantado pela desconsideração e falta de compromisso, o elenco sucumbiu à frustração, desistiu da peça e desmembrou-se, mas tive ali o vislumbre do que queria ser, do futuro que queria para mim. Foi ali que tive a certeza...

Essa experiência, ainda que insatisfatória no plano das expectativas que criamos sobre as pessoas e, por isso, desilusória, fez com que tivesse a certeza absoluta de que queria ser Actor. Contudo, não foi suficientemente forte para vergar a cobardia e fazer com que mudasse totalmente o rumo da minha vida. Tinha de ser assim, caso contrário o meu presente não seria este. Tudo tem uma razão. Tudo faz sentido, mais cedo ou mais tarde. A expensas da minha vocação, tenho este agora que é maravilhoso, sobretudo pelas pessoas que estão comigo.

No final, lá mais para a frente, daqui a umas três ou quatro décadas (estou a ser optimista), sobrará o vento, as nuvens e o mar.

 

 


Miguel Mósca Nunes

07.10.22

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"A Laura era uma pessoa única no teatro português. Foi de facto a grande estrela com quem eu trabalhei, que eu conheci, profundamente amada pelo público, que amava e respeitava profundamente o público." Quem fez esta afirmação foi o actor Carlos Paulo, num programa sobre esta enorme actriz, na RTP. Nota-se uma ternura nestas suas palavras, uma saudade, uma admiração com a carga de ser póstuma, a fazer-se acompanhar por um profundo pesar e pelo desejo de que ainda estivesse viva, em cima do palco, para o qual viveu, e por causa dele morreu.

Nesta mesma entrevista, Carlos Paulo refere que um grande mestre do teatro, Peter Brook, dizia que a Laura tornava sublime o que é banal.

Lembro-me de tantos outros maravilhosos actores, como Rui de Carvalho, Nicolau Breyner, Ivone Silva, Amélia Rei Colaço, que deram a vida pelo teatro e deixaram tudo no palco, com os poucos recursos de que dispunham. Continuamos a ver este esforço hercúleo quando temos o privilégio de assistir ao magnífico trabalho de Custódia Gallego, Maria José Paschoal e João Lagarto na peça de Lucy Kirkwood, Os Filhos, no Teatro Aberto, e de Cidália Moreira, Miguel Dias, Paulo Vasco e Sofia de Portugal, tão bem acompanhados por Cátia Garcia, Teresa Zenaida, André David Reis, Bea Moreira e Marcos Marques, na revista encenada por flávio Gil, Parabéns Parque Mayer!, no Teatro Maria Vitória. Não me ficando pelos exemplos dados, e para não ser injusto, tenho de referir todos os actores, bailarinos, técnicos, encenadores e escritores deste país.

E isto faz libertar um sentimento comum, de revolta e insatisfação, pelo facto de estarmos num país que despreza (convenientemente) a arte e os seus artistas, que valoriza e faz prosperar os corruptos, através da mediocridade, porque é na mediocridade que germina e se desenvolve a falta de discernimento para escolher quem nos governa. E anda tudo à volta disto, mas é o que sinto, e é o que vejo todos os dias. Um propositado desvio de recursos, um completo desperdício, cultivado pelas elites.

A crise é suportada pelos contribuintes. As injecções de capital para satisfazer banqueiros incompetentes e usurários, as frotas de automóveis das empresas públicas, os privilégios dos deputados, membros da Assembleia da República e do Governo, os riscos das parcerias público-privadas, a gestão danosa dos serviços do Estado, tudo pago pelos contribuintes.

A cultura, essa, convém manter sob um orçamento magro, para que não possa espevitar o espírito crítico, precisamente. Ler, ir ao teatro, conhecer a História, são coisas para a elite - a quem não interessa nada tornar sublime o que é banal. Aquela que perpetua este estado de amnésia colectiva e a ignorância dos votantes.

É isto... 


Miguel Mósca Nunes

06.10.22

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Em 10 de Março de 1946, foi criada a Academia de Santo Amaro, resultante da fusão de três colectividades do Alto de Santo Amaro: a Sociedade Filarmónica Esperança e Harmonia (fundada em 01/01/1865), a Sociedade Filarmónica Alunos e Harmonia (fundada em 17/02/1868) e o Grupo Dramático e Musical Apolo (fundado em 01/07/1915).

Esta Academia tem sido o berço de tantos talentosos e brilhantes artistas, e que tem tido, ao longo dos anos, um papel cultural importantíssimo e, sobretudo, uma missão social muito relevante para as gentes do bairro de Alcântara.

É um local a visitar porque tem história, uma vista deslumbrante sobre a Ponte 25 de Abril, e apresenta espectáculos maravilhosos, revisteiros, levados à cena por artistas de corpo e alma, com a ajuda preciosa de uma equipa técnica que dá tudo de si para entregar em palco o que de melhor se faz em Portugal e com um dos melhores encenadores do país.

Parabéns, Academia de Santo Amaro!


Miguel Mósca Nunes

19.04.22

 

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Apesar de todos os louvores, homenagens, epítetos, elevados e rasgados elogios, a cultura continua a valer menos de 1% em Portugal. A grandiosidade de Eunice, e de todos os enormes artistas que já partiram, não pode valer só post mortem. Merecem muito mais do que isto.
Contudo, sem exigir nenhum reconhecimento ou ovação, Eunice disse que a melhor palavra que a definia era a modéstia. Os grandes seres são assim. Entregou-se sem condição ou termo, sem reserva ou limite, e isto não tem dimensão terrena, nem orçamental, nem se encerra no nome de uma rua.
Não se compadece, sobretudo, com nenhuma esmola política.

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